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sábado, 27 de abril de 2013

Jeito Rebelde 4: Capítulo 04


OBSTÁCULOS
CENA I
Pablo estava no pátio da universidade rodeado de pessoas. Poncho e Arthur se aproximaram, curiosos.
(Poncho) O que tá acontecendo ali?
(Arthur) Sei lá! O Pablo tá no meio!
(Poncho) Será que ele se envolveu em alguma confusão?
(Arthur) Sei lá! Vamos chegar mais perto!
Eles entraram na roda de pessoas até se aproximarem de Pablo, que estava sorrindo com uns cartões na mão.
(Pablo) Arthur e Poncho! Chega mais!
(Poncho) O que tá acontecendo aqui?
(Arthur) Lanche de graça? [rsrs]
(Pablo) Não, não. [rsrs] Eu estou entregando os convites da minha festa de aniversário.
Ele entregou um a Poncho e outro a Arthur.
(Pablo) A festa é nesse fim de semana.
(Poncho) Boate All Star?
(Pablo) Isso aí! Só entra com o convite!
(Arthur) Essa festa promete, né?
(Pablo) Que nada! É só uma reunião de amigos!
(Poncho) E esse monte de gente aqui? Eu não sabia que você era tão popular assim!
(Pablo) Pra você ver como esse povo é interesseiro! Mas eu só estou convidando quem eu conheço. Fica tranquilo!
(Arthur) Beleza! Estaremos lá!
(Poncho) Estaremos?
(Arthur) Ué, você não vai?
(Poncho) Sei lá! 
(Pablo) Sua presença é indispensável, Poncho! 
(Poncho) Humm... Falando assim, o jeito é ir mesmo! [rsrs]
(Arthur e Pablo) [rsrs]

CENA II
Poncho e Arthur se afastaram e foram para a biblioteca.
(Arthur) Eu odeio o primeiro horário!
(Poncho) É, eu também não gosto...
(Arthur) É impressão minha, ou você tá meio deprê?
(Poncho) Deprê? Já chegou a esse ponto?
(Arthur) Xii... Qual é o problema da vez?
(Poncho) O mesmo de sempre.
(Arthur) Annie!
(Poncho) Exatamente! Eu terminei o noivado com ela.
(Arthur) Uh... Decisão radical!
(Poncho) Pois é, não sei se fiz certo. Talvez eu tenha me precipitado demais...
(Arthur) Você se arrepende?
(Poncho) Ah, do jeito que tava era impossível continuar! A Annie me tira do sério muito fácil! Tudo bem, é o temperamento dela, o jeito de ser, mas não dá! O dia inteiro esquentando sua cabeça não dá certo!
(Arthur) É... Depois do casamento isso poderia ser um obstáculo.
(Poncho) Um obstáculo... Aí é que está o problema! Depois de ter terminado tudo, eu sinto que não encarei o obstáculo como manda a vida. Eu apenas desviei dele...
(Arthur) É, também faz sentido. Qual foi a reação dela?
(Poncho) Acredito que ela esteja péssima! E isso é o pior de tudo! Eu não queria fazê-la sofrer.
(Arthur) Situação difícil, Poncho... Muito difícil!

CENA III
Euge estava desesperada dentro do carro. Uma divisória separava o motorista, deixando-a sozinha no banco traseiro.
(Euge) Me deixa sair! Me deixa sair! SOCORRO!
Ela tentou quebrar o vidro, abrir a porta, chamar a atenção de alguém na rua, mas foi tudo em vão. O carro, que estava em alta velocidade, pareceu parar. Ela ficou imóvel, com apenas algumas lágrimas escorrendo pelo rosto.
(Euge) O que tá acontecendo? 
Passos se aproximaram e a porta foi aberta. Ela hesitou, mas olhou para fora e viu Nico.
(Euge) Você?
(Nico) Foge! É a sua única chance! Foge agora!
Euge tomou fôlego e saiu correndo. No meio do caminho ela olhou para trás e viu Nico parado, observando-a. Ela se apressou, e ao virar uma esquina, encontrou um táxi.
(Euge) Moço! Me leva daqui! Me leva o mais rápido que você puder!
(Taxista) Qual o destino?
(Euge) Sei lá! Vai andando que eu te falo! Anda rápido!
Ela entrou no táxi e pensou no que aconteceu, sem entender nada.

CENA IV
Annie e Lua se encontraram no vestiário da universidade.
(Lua) Oi, Annie! Veio retocar a maquiagem também?
(Annie) É, preciso esconder essa minha cara péssima!
(Lua) Magoada com o Poncho ainda?
(Annie) Com o Poncho, comigo, com a vadia da Rochi! 
(Lua) Nossa!
(Annie) Eu não quero nem olhar para a cara daquela garota! Preciso de um local para ficar urgente!
(Lua) Mas por que você quer sair de casa?
(Annie) Lá não é minha casa, eu não me sinto bem!
(Lua) Mas sua mãe e a da Rochi é a mesma, não?
(Annie) Infelizmente, sim! Mas isso pouco me importa! Se ela me trocou por um homem, quer dizer que ela não fazia questão de me ter por perto.
(Lua) Ah, se você quiser, lá em casa tem um quarto. Eu converso com a minha mãe e tá de boa!
(Annie) Sério? Você vai me ajudar muito se fizer isso! Mas eu preciso disso pra ontem, hein?
(Lua) Tá, você pode ir pra lá hoje, se quiser! Eu tô precisando de uma amizade feminina mesmo! [rsrs]
Elas saíram e foram caminhando juntas pelo pátio.
(Annie) Como está o Arthur?
(Lua) Bem! 
(Annie) Vocês estão bem também?
(Lua) Estamos mais que ótimos! [rsrs]
(Annie) Humm... [rsrs] Frio você não está passando à noite, né?
(Lua) Digamos que raramente isso acontece! [rsrs]
(Annie) Ah, Lua! Cuidado, hein? Sexo sempre com proteção!
(Lua) Eu sei, né? Não tô com nem um pingo de vontade ser mãe antes de formar!
(Annie) Além da gravidez, tem as DSTs também, né?
(Lua) É, verdade... Mas a gente sempre se protege! O Arthur é um lindo comigo!
(Annie) Ele é carinhoso?
(Lua) Demais! Me sinto no céu com ele.
(Annie) Ah, isso é bom! A gente vê a felicidade estampada na sua cara! [rsrs]
(Lua) [rsrs] A gente também sente a falta da felicidade estampada na sua!
(Annie) Vai ser difícil ter essa felicidade de novo...
(Lua) Não fala assim! Se você e o Poncho não se acertarem, eu tenho certeza que vai aparecer um cara bem bacana!
(Annie) Tomara!
(Lua) Você vai na festa do Pablo?
(Annie) Não tô animada...
(Lua) Você tem que ir! Assim as chances de conhecer alguém aumentam, né?
(Annie) Será que eu estou preparada para conhecer alguém?
(Lua) Não tem que estar! Se tiver que conhecer, você vai conhecer! Confia em mim! Quero te ver lá!
(Annie) Vou pensar...

CENA V
À noite, quando Ash chegou em casa, Drake percebeu que ela estava triste.
(Drake) O que aconteceu, Ash?
(Ash) Minha avó.
(Drake) O que tem a sua avó?
(Ash) Recebi a notícia de que ela morreu ontem.
Drake deu um pulo do sofá e foi ao encontro dela.
(Drake) Nossa, eu sinto muito!
(Ash) Não, tudo bem. Eu não era tão próxima dela!
(Drake) Mesmo assim! É a sua avó! Materna ou paterna?
(Ash) Materna.
(Drake) Ué, por que a sua mãe não disse nada?
(Ash) Ela ainda não sabe. Eu vou ter que contar.
(Drake) Xii... Vai ser difícil!
(Ash) Eu sei.
(Drake) E qual é o motivo da morte?
(Ash) Não sei muito bem... Acho que foi um tumor... Não gosto nem de pensar!
(Drake) Ok, eu não vou ficar forçando a barra. Que horas você vai falar com a sua mãe?
(Ash) Não sei ainda. Tem que ser logo. O velório vai ser no começo da semana que vem.
(Drake) Que demora, hein?
(Ash) É, ela tem uns problemas na documentação. O pior de tudo é que o velório vai ser no interior. Eu não quero viajar pra lá!
(Drake) Mas e a sua mãe? Ela vai precisar de uma força!
(Ash) Pois é, eu vou ter que ir. Meu tio vai passar aqui para levar a gente. O carro dele tem duas vagas...
(Drake) Ok, já entendi! Eu fico. Mas promete que você vai ficar bem? Sua mãe vai precisar muito de você!
(Ash) Sim...
Ele a abraçou.

CENA VI
Rochi saiu da universidade já tinha anoitecido. Ela caminhava sozinha, rumo a estação de metrô. Quando parou em um semáforo, um cara a abordou.
(XXX) Você tem horas?
(Rochi) Só no celular. Espera aí que eu vou pegar aqui.
Rochi abriu sua bolsa, mas antes que pegasse o celular, o cara tentou puxá-la. Ela puxou de volta, mas ele não soltou.
(XXX) Isso é um assalto! Solta logo essa porcaria!
(Rochi) Não! Tudo que eu tenho de mais importante está aqui!
(XXX) Anda logo, desgraça!
O cara fez força e puxou de uma vez a bolsa. Quando ele se virou para correr, trombou em Nico. Nico o socou e pegou a bolsa de volta. O cara se levantou e saiu correndo. Ele entregou a bolsa a Rochi.
(Rochi) Ai, obrigada! Eu não sei o que faria sem a minha bolsa!
(Nico) Você deu sorte que era só um pivete.
(Rochi) Eu dei sorte de você está passando por aqui a essa hora, né?
(Nico) É, muita sorte.
(Rochi) Bom, tenho que ir! Já está muito tarde! Obrigada mais uma vez!
(Nico) Não foi nada.
Rochi forçou um sorriso e seguiu seu caminho. Nico ficou observando-a.
CONTINUA

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