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sexta-feira, 26 de abril de 2013

Jeito Rebelde 4: Capítulo 03

IMATURIDADE
CENA I
Rochi chegou em casa e foi direto pro quarto. Quando chegou lá, o sorriso que estava no rosto sumiu. Annie estava jogada na cama em prantos de lágrimas. Rochi hesitou, mas se aproximou.
(Rochi) Você... Você tá bem?
Annie limpou algumas lágrimas e a encarou.
(Annie) A culpa é sua!
(Rochi) Hã?
(Annie) Você quem fez ele fazer o que fez!
Rochi sentou em sua cama.
(Rochi) Annie, eu não estou entendendo nada.
(Annie) O Poncho acabou tudo comigo! O namoro, o noivado, a amizade! Tudo! E a culpa é sua!
(Rochi) Minha?! Mas eu não fiz nada!
(Annie) Não seja cínica, garota! Se você não ficasse enchendo a cabeça dele de ideias erradas, tudo estaria bem entre nós!
(Rochi) Você tá doida! Não venha me culpar pelos seus erros!
(Annie) É, talvez o erro tenha sido meu. Eu não deveria ter deixado o Poncho ter te conhecido.
(Rochi) Você tá precisando de um psiquiatra!
(Annie) Não, eu estou precisando sair daqui! Eu não aguento mais ter que dividir o mesmo espaço com você, respirar o mesmo ar que você! Eu não aguento mais!
Annie se levantou.
(Rochi) Eu não estou te obrigando a ficar aqui!
(Annie) É, eu é que estou sendo boba! Acho que herdei isso da nossa mãe, né? Quando ela decidiu deixar a filha de lado por causa de um homem, não foi uma atitude muito inteligente!
Rochi se levantou.
(Rochi) Eu não admito que você fale assim do meu pai!
(Annie) Seu pai é outro covarde! Abandonou a família que construiu!
Rochi ameaçou dar um tapa em Annie, mas Annie foi mais rápida e a segurou.
(Annie) Não aguenta ouvir a verdade sem partir para agressão?
(Rochi) Você não tem o direito de julgar o meu pai!
(Annie) E você não tem o direito de bater em mim!
Rochi puxou o braço e se afastou.
(Annie) Fique tranquila, que eu não vou ficar aqui nem mais um dia!
Rochi a ignorou e saiu do quarto. Annie voltou a chorar.

CENA II
À noite, Ash foi até o quarto de Drake.
(Ash) Olá.
(Drake) Ash.
(Ash) Eu sei que não estamos muito bem, mas... mas eu gostaria que você me acompanhasse até a sala.
(Drake) Eu prefiro ficar aqui. Ainda não tomei uma decisão.
(Ash) Drake, por favor. Ver você trancado nesse quarto o dia inteiro me deixa triste.
Drake respirou fundo e assentiu.
(Drake) Vou trocar minha blusa.
Ash sorriu e foi para a sala. Ela tinha preparado um jantar à luz de velas para ele. Drake ficou surpreso ao chegar no local.
(Drake) O que significa isso?
(Ash) Nós... Nós precisamos conversar. Sente-se!
Drake sentou de frente para ela.
(Drake) Você preparou tudo isso?
(Ash) Digamos que a empregada me deu uma ajudinha.
(Drake) Hum.
(Ash) Drake, eu sei que você está chateado comigo, eu também estou chateada com você, mas as coisas não se resolvem virando às costas.
(Drake) Você tem alguma solução?
(Ash) Eu... Eu decidi passar uma borracha por cima de tudo. Vai ser difícil esquecer, talvez impossível, mas eu vou tentar. Eu gosto muito de você para te perder por causa de uma vadia qualquer.
(Drake) A quem você está se referindo?
(Ash) A Demi. Realmente eu me exaltei. É claro que você ficou numa situação difícil ao ver aquele mulherão se jogando em cima de você.
(Drake) Ash, eu não quero que você me veja como um homem machista. Eu... Eu não sou assim. O que aconteceu com a Demi, não é nem questão de ser homem ou não! Foi imaturidade minha mesmo. Mas depois que eu vi como te magoei, acredito que estou começando a crescer.
(Ash) É, talvez tenha sido imaturidade da minha parte também. Depois que eu vi que estava te perdendo para a Lua, as coisas se clarearam na minha cabeça.
(Drake) O que você quer dizer com 'me perdendo para a Lua'?
(Ash) A amizade de vocês está ficando cada vez mais intensa. E isso me incomoda, não vou mentir. Para uma garota, não é fácil ver seu namorado com uma melhor amiga.
(Drake) Você e o Arthur estão com uma amizade bem intensa também.
(Ash) É diferente. Eu me aproximei do Arthur por causa da Lua. Depois que eu vi a Demi se jogando em cima de você, eu senti na pele o que a Lua estava sentindo. Eu não podia deixar que aquela safada acabasse com o relacionamento deles.
(Drake) Por que não?
(Ash) Porque eu não gostaria se isso acontecesse com a gente.
Eles ficaram em silêncio alguns segundos.
(Ash) Eu acho que você e a Lua não se aproximaram por esse motivo.
(Drake) É, realmente não foi assim à primeira vista.
(Ash) À primeira vista você queria devorar a boca dela, não é, 'cachos de ouro'?
(Drake) Como eu já te falei, imaturidade da minha parte.
(Ash) Drake, eu não preparei esse jantar para a gente ficar apontando os erros um do outro.
(Drake) É, eu também não acho isso uma atitude muito saudável.
(Ash) Então, eu preparei isso porque ainda acredito no que sentimos. Acredito no amor que brotou do ódio que sentíamos um pelo outro.
(Drake) Eu nunca te odiei. Você que chegou na minha casa me acusando de tarado!
Eles não conseguiram esconder o riso.
(Drake) Você para mim era como outra garota qualquer.
(Ash) Você era o irmão chato que eu teria que aturar durante minhas preciosas férias.
(Drake) Eu senti algo estranho quando percebi que você implicava demais comigo.
(Ash) Eu me apaixonei na primeira vez que te vi.
Eles trocaram olhares e foram se aproximando.
(Ash) Não deixe tudo morrer agora.
(Drake) Eu... Eu não sei...
(Ash) Eu sei.
Ash o beijou e Drake não resistiu.

CENA III
Euge voltou do banheiro e ajeitou sua cama para dormir. Quando tirou o roupão, o seu celular começou a tocar.
(Euge) Número desconhecido... Uma hora dessa só pode ser trote.
Euge ignorou a chamada. Um minuto depois, o celular tocou novamente. Ela hesitou, mas atendeu.
(Euge) Alô?
(XXX) "Oi, não desliga!"
(Euge) Quem tá falando?
(XXX) "Nico."
Euge se assustou.
(Euge) Como você conseguiu o meu número?
(Nico) "Não importa. Eu precisava falar com você."
(Euge) Não precisa mais?
(Nico) "N-Não... Na verdade, eu... eu queria ouvir sua voz."
(Euge) Hã?
(Nico) "Qu-Quer dizer, eu tinha que confirmar se esse número era seu."
(Euge) Posso saber por quê?
(Nico) "Não, não é nada demais. Acho que já tá tarde. Boa noite."
(Euge) Boa noite...
Euge desligou o celular sem entender nada.

CENA IV
Lua acordou e sorriu ao olhar para o lado e ver Arthur ainda dormindo. Ela acariciou seu rosto e depois o acordou com um beijo.
(Lua) Bom dia!
(Arthur) Bom dia...
Arthur sorriu e a beijou também.
(Arthur) Já amanheceu?
(Lua) É, infelizmente temos que levantar e ir estudar.
(Arthur) Podemos passar o dia inteiro aqui se você quiser. Eu não me importo.
(Lua) Eu adoraria! Mas hoje tenho que apresentar um trabalho.
(Arthur) Humm... Você estudou?
(Lua) Sim. Mas depois dessa noite, eu tenho certeza que vou arrasar!
Eles se beijaram.
(Arthur) Uma dúvida!
(Lua) Hum?
(Arthur) Se a nossa noite vai influenciar no sucesso da sua apresentação, sobre o que é esse trabalho?
(Lua) Não é nada disso que você tá pensando! [rsrs]
(Arthur) Ah, bom mesmo! [rsrs] Você é só minha! De mais ninguém!
Eles trocaram sorrisos.

CENA V
Poncho fechou a porta do táxi e colocou o cinto de segurança.
(Poncho) Universidade federal, por favor.
O taxista arrancou e Poncho recostou a cabeça no banco, pensativo.
"Annie e Poncho deixaram o resto da galera e foram conhecer as instalações da universidade.
(Poncho) [de mão dada com Annie] Aqui é bem bonito, né?!
(Annie) Também acho! Tem muito verde, muitas flores...
(Poncho) É um lugar bem romântico...
(Annie) Isso é uma indireta?
(Poncho) Não... Foi uma direta mesmo!
(Annie) [rsrs] Bom, e o que você gosta de fazer em lugares românticos?
(Poncho) [olhando no fundo dos olhos dela] Preciso mesmo responder? Eu posso te mostrar...
Annie e Poncho começaram a se beijar. "
Poncho pagou o taxista e desceu.
(Poncho) "Será que eu fiz a coisa certa?"

CENA VI
Euge saiu da estação de metrô e foi caminhando em direção a universidade. Quando parou no primeiro semáforo, seu celular tocou. Era Ash.
(Euge) Oi.
(Ash) "Preciso conversar com você depois."
(Euge) Affs! Então pra quê me ligou?
(Ash) "Só para te deixar curiosa!"
(Euge) Ok. Eu já estou chegando na universidade.
(Ash) "Eu vou chegar mais tarde hoje."
(Euge) Até mais, então.
(Ash) "Até."
Euge desligou o celular e o guardou na bolsa.
(Euge) Eu mereço...
Ao atravessar a rua, um carro buzinou para ela. Ela hesitou, mas parou. De repente, um homem apareceu em seu lado e a empurrou até o carro. A porta se abriu e Euge foi jogada dentro. O carro arrancou em alta velocidade.
CONTINUA

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