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sábado, 26 de janeiro de 2013

ETC & TAL 4: Capítulo 02

O DESPERTAR
      Na área de banho, Manu chegou com um violão e sentou numa rodinha de garotos. Todos pararam de conversar e olharam para ela.
Manu: O que foi, gente? Continuem!
ZZZ: Você quer alguma coisa?
Manu: Quero conversar com vocês! Depois a gente podia tocar, fazer um luau, que tal?
SSS: Estamos falando sobre garotas! Acho que isso não vai te interessar muito.
Manu: Claro que me interessa! Eu sei tudo sobre garotas! Aliás, eu sou uma! (rsrs)
Os garotos não conseguiram esconder o riso.
Manu: Eu posso falar sobre garotos para vocês, querem ouvir?
ZZZ: A gente não gosta de falar de garotos!
Manu: Como não? Vocês são garotos! 
SSS: Deixa ela falar senão ela não vai sair do nosso pé.
ZZZ: Beleza! Fala aí!
Manu: Ah, tipo, eu já tive vários namorados, sabe? Só que agora estou sozinha, porque descobri que eles não eram certos para mim. 
SSS: Acabou?
Manu: Nossa! Como vocês são chatos! Não conversem mais comigo!
Manu se levantou e voltou para dentro da Residência irritada.
Olívia: O que aconteceu com o luau?
Manu: Não vai ter mais luau nenhum!
Manu seguiu seu caminho.
Olívia: Sabia que isso não ia dar certo.
Também no terceiro andar, estavam os quartos de Juliana e Bruno.  Juliana, depois de sair do banho, pegou um notebook e começou a digitar.
"Bom, como é de costume, eu preciso escrever sobre os meus dias aqui na Ilha SOS. Isso é um sonho para minha família. Meu tatatataravô (acho que é isso), tomou posse de uma ilha que está localizada em um ponto cego no mapa. A localização dela é quase impossível. Com o passar dos anos, alguns parentes foram herdando essa ilha e deviam usá-la como quisessem. Esse uso foi tomando rumos cada vez mais pessoais e acabou servindo como um depósito de pessoas que se tornavam pedras nos caminhos desses herdeiros. Eu, e o meu primo Bruno, somos os atuais herdeiros da SOS.  Temos o dever de entregar a ilha em perfeito estado para os próximos herdeiros. Para isso é necessário muita grana, já que temos que caprichar na decoração e manutenção. Como conseguir tanta grana? Casando-se com um homem chamado Faro. Ele é o meu alvo, ele é o meu objetivo. Todos que se tornarem um obstáculo entre nós, com certeza, virão para cá."
Ela foi interrompida com a chegada de Bianca, que trazia em seu braços Bryan.
Bianca: Juliana! Que bom te ver novamente!
Juliana: Eu estou muito feliz do trabalho que você vem realizando, Bianca. Como está esse bebê?
Juliana pegou Bryan.
Bianca: Muito bem! Ele é uma gracinha!
Juliana: Eu não quero você envolvida mais com ele.
Bianca: Por que não?
Juliana: Motivos pessoais! Quero você entre os jovens que estão vivendo aqui.
Bianca: São muitos?
Juliana: Nem tanto. Ah, o Joe está aqui, mas não se lembra de nada. 
Bianca: O que fizeram com ele?
Juliana: Foi um acidente. Não dê mancadas, ok?
Bianca: Tudo bem. E onde vou ficar?
Juliana: Por enquanto em um quarto sozinha. Só por enquanto. Ah, não quero que você conte nada do que viu aqui em cima, hein? Essa é uma área proibida para todos!
Bianca: Ok! 
Juliana: O Bruno vai te acompanhar. Até qualquer hora!
Bianca: Até! Posso me despedir do bebê?
Juliana: Seja rápida!
Bianca pegou Bryan novamente e deu um abraço aconchegante nele. Ela saiu do quarto e Juliana se deitou na cama com o bebê.
Juliana: Agora seremos só nós, filhinho!
Ela deu um leve beijo em sua testa e o abraçou. Bruno já esperava por Bianca no elevador.
Bianca: O que você é dela?
Bruno: Primo.
Bianca: E você sabe por que ela quer ficar com o bebê?
Bruno: Sei, mas não sei se devo te contar.
Bianca: Eu sou confiável. Caso contrário, não estaria aqui.
Bruno: Você tem razão. Acho que posso confiar. A Juliana não pode ter filhos.
Bianca: Humm...
Bruno: Eu espero que você não tente fazer nada. Ela irá o proteger com unhas e dentes.
Bianca: Eu não pretendo fazer nada. Só me apeguei à criança.
Bruno: Chegamos! Seu quarto é o segundo a direita.
Bianca: Obrigada!
Bianca seguiu na direção indicada e Bruno ficou a olhando.
Bruno: "Que delícia! Eu ainda pego essa!"
Com um sorriso no rosto ele voltou para o seu quarto.
APÊ ETC & TAL
No quarto feminino, Zac acordou Nanda com um beijo.
Zac: Bom dia!
Nanda: Bom dia...
Nanda deu um sorriso ao vê-lo ao seu lado.
Zac: Como passou a noite?
Nanda: Com você ao meu lado tudo é incrível!
Zac: Quer dizer que eu não fiz nada de errado?
Nanda: Nadinha! Você foi incrível!
Eles se beijaram.
Nanda: Você tem que ir antes que o Faro venha aqui.
Zac: Eu queria passar a manhã inteirinha com você...
Nanda: Você já passou a noite, Zac!
Zac: Tudo bem! A noite foi muito satisfatória mesmo!
Ele deu mais um beijo nela e se levantou.
Zac: Te espero para o café da manhã.
Zac vestiu a calça e a blusa e saiu do quarto. Nanda abraçou o travesseiro e deu um longo suspiro.
ILHA SOS
A Residência SOS contava com um grande salão para as refeições. E era na hora das refeições que todos os residentes se reuniam. Quando terminou seu café da manhã, Joe se aproximou de Olívia.
Joe: Você viu a Manu?
Olívia: No-No quarto.
Joe: Por que ela não veio?
Olívia: Eu não-não sei...
Joe: Você tem problema de fala?
Olívia encarou Joe.
Joe: Ah, esquece!
Ele seguiu em direção a saída do salão, mas acabou esbarrando em Bianca.
Joe: Desculpa!
Bianca: Joe...
Joe: Olá! Você me conhece?
Bianca: E-Eu não-...
Joe: Não me diga que você também não fala direito?
Bianca: Não, é que eu ouvi alguém te chamando e gravei o seu nome.
Joe: Ah sim. Você é nova aqui?
Bianca: Sou.
Joe: Quer dizer que você estava naquele avião que caiu ontem à tarde?
Bianca: Avião? Não, não. Eu cheguei de barco mesmo.
Joe: E você veio sozinha?
Bianca: Foi... 
Joe: Humm... Como é o seu nome mesmo?
Bianca: Bianca.
Joe: Foi um prazer, Bianca! Depois a gente troca umas ideias por aí!
Joe deu um beijo no rosto de Bianca e saiu. Ela ficou imóvel por um tempo, até perceber que uma garota, Olívia, estava falando com ela.
Bianca: Oi?
Olívia: Oi nada! Eu dei o recado! Fica longe do Joe!
Olívia se virou e saiu do salão. Bianca sentou em uma cadeira sem entender nada. Juliana se encontrou com Bruno no laboratório médico.
Bruno: Bom dia! Como passou a noite?
Juliana: Muito bem! Já fez o pedido do berço?
Bruno: Já! Antes do meio-dia estará no seu quarto.
Juliana: Ótimo! 
Eles foram até um dos médicos.
Juliana: Fizeram o que eu pedi?
MMM: Sim! Tenho todos os resultados aqui.
Juliana: Quero saber de tudo. Conte-me!
O médico abriu um envelope e tirou os relatórios sobre os garotos.
MMM: Bom, a situação não está tão grave como eu pensava. Pelo menos para a maioria deles.
Juliana: Quer dizer que alguns estão melhores que os outros?
MMM: Sim. O casal, Sophie e Jonatas, apresenta o problema mais sério.
Juliana: Que problema é esse?
MMM: O mesmo problema que o Joe apresenta. Eles certamente estarão com amnésia retrógrada assim que despertarem.
Juliana: E o que poderia ter causado isso?
MMM: O impacto com a água. Tudo indica que eles caíram de cabeça no mar. Mas isso é reversível. Eu tenho tratamentos ótimos aqui.
Juliana: Esqueça esses tratamentos! Eu quero que tudo pareça normal quando eles acordarem.
Bruno: Juliana, cedo ou tarde a memória de todos ficarão boa.
Juliana: Que seja tarde então! Como estão os outros?
MMM: Bem. Já estão respirando sem a ajuda de aparelhos. Só não acordaram por ordem suas.
Juliana: Estão anestesiados então... Os mantenha assim.
Bruno: O que você fará com eles, Juliana?
Juliana: A Amanda vou liberar. Eu preciso que pareça que todos estão mortos e somente ela viva.
Bruno: Ela merece a liberdade, claro!
Juliana: Chay, Dul e Lali vão para o subsolo. Quero ele em cela diferente das delas, ok?
Bruno: Você vai aprisioná-los?
Juliana: Não posso deixá-los soltos pela residência. Com certeza irão querer fugir, ou contar tudo para o Joe.
MMM: Bom, nesta madrugada chegou mais um paciente.
Juliana: Que paciente?
MMM: Um garoto. Ele também foi encontrado descordado no mar.
Bruno: Mas como esse garoto chegou aqui? A localização da ilha é quase impossível!
MMM: Não sei, mas ele está ótimo, assim como Amanda, Chay, Dul e Lali.
Bruno: E agora, Jú?
Juliana: Mande-o para a cela do Chay. Uma companhia não faz mal a ninguém.
MMM: Isso é tudo!
Juliana: Ótimo! Uns homens virão buscá-los.  Ah, quero acompanhar o despertar de todos. Instalem microcâmeras no subsolo. Quanto a Sophie e Jonatas, eu quero acompanhar pessoalmente.
MMM: Tudo bem.
Juliana e Bruno foram para o salão de vigilância.
Bruno: Você não vai descer? Eu preciso apresentar você para os jovens.
Juliana: Pra quê me apresentar?
Bruno: Eu tive que inventar uma história para mantê-los aqui, né?! 
Juliana: Ai, ai, ai! Que história foi essa?
Bruno: A de que salvamos eles de uma possível guerra que está para acontecer fora da ilha. Disse que as tecnologias estão levando os homens à loucura e eles foram os felizardos de estarem a salvos aqui.
Juliana: Sua história se encaixou perfeitamente com o nome da ilha, né? SOS, salve nossas almas! Bom trabalho, Bruno. Os jovens que você trouxe também acreditaram?
Bruno: Claro! Aqueles imbecis não sabem como estão sendo enganados.
Juliana: Falando assim parece que são muitos.
Bruno: E são! Minha irmã não merecia sofrer o que estava sofrendo. Os falsos colegas de escola estragaram a vida dela com o tal bullying.
Juliana: Quer dizer que você trouxe praticamente uma escola inteira para a ilha?
Bruno: Não é para tanto. Acredito que seja apenas uma turma. Juntando com os jovens que você trouxe, deve se aproximar de cinquenta.
Juliana: Nossa! Precisamos dessa grana do Faro urgente! Caso contrário, esse bando de aborrecentes vão acabar com a SOS.
APÊ LOVE FRIENDS
Ellen se levantou e foi até a cozinha. Lá encontrou Márcio mexendo em uns papeis na mesa.
Ellen: Bom dia!
Márcio: Bom dia...
Ellen: Acordou cedo em pleno domingão, hein?
Márcio: Preciso resolver uns negócios sobre a recuperação dos alunos.
Ellen: Já tomou café da manhã?
Márcio: Já sim! 
Ellen: Márcio, hoje eu vou sair com o André para escolher o buffet da festa do casamento. Você precisa de alguma coisa?
Márcio: Não, nada. Obrigado.
Ellen: Ok! Acho que volto no fim da tarde, tudo bem?
Márcio: Ok...
Como Márcio estava concentrado nos papeis, Ellen pegou seu café e foi para a sala.
ILHA SOS
O subsolo da Residência SOS era uma verdadeira masmorra. Parecia uma caverna escura, com duas celas, iluminada por algumas tochas de fogo espalhadas no meio do caminho. A entrada para o subsolo era um alçapão que ficava no lado proibido da ilha. As escadas terminavam em um corredor que se dividia em dois caminhos opostos. Cada caminho levava para uma cela, de modo que era impossível o contato entre as duas celas devido a suas grandes distâncias. Os corpos de Dul, Lali, Chay e o garoto que também foi encontrado, Ricky, foram deixados ainda desacordados nas celas. Depois de alguns minutos na cela da direita, Dul despertou. Ela abriu os olhos e se assustou ao não reconhecer o local em que estava. Rapidamente, se aproximou de Lali e a acordou.
Dul: Lali! Lali!
Lali, lentamente, começou a se mexer, porém não abriu os olhos.
Lali: Só mais um pouquinho...
Dul: Lali, acorda! Onde a gente tá?
Lali: Já tá chegando na ilha. Calma aí...
Dul: Lali!
Lali despertou de vez.
Lali: Nossa, Dul! Eu só estav-... Que lugar é esse?
Ela também se assustou ao ver a cela.
Lali: Estamos presas?
Dul: Não sei. Acordei agora também!
Lali: Cadê os outros? Onde está a Amanda?
Dul: Sei lá! A gente precisa sair daqui!
Lali: Como? Essa cela não tá trancada?
Dul foi até as grades e tentou empurrá-las para abrir uma saída, mas não teve sucesso.
Dul: É, estamos presas.
Lali: Não pode ser! Cometemos algum crime?
Dul: Sei lá! Eu só lembro que a gente tava no jatinho e começou uma correria...
Lali: E a gente teve que pular! É isso! O jatinho ia cair e nós pulamos!
Dul: Mas que eu saiba, nós estávamos sobre o mar.
Lali: Ai, Dul! Onde a gente tá agora? Eu quero meu baby!
Dul: E eu... 
Lali: Putz! Foi mal! Se você quiser, pode querer o baby também! Eu não importo em dividir ele com você!
Dul: Não, Lali! Tá tudo bem. Eu já aceitei tudo o que aconteceu...
Lali abraçou Dul.
Lali: Eu sei que você aceitou, amiga. Mas também sei que você ainda não superou tudo. Perder o amor da sua vida para sempre não é como perder jogo de bingo.
Dul retribuiu o abraço de Lali.
Dul: É uma pena que não seja. É muito mais fácil superar um jogo de bingo do que a morte...
Elas ficam abraçadas por alguns segundos.
Lali: Onde será que está o Chay?
Na cela da esquerda, Chay e Ricky mantiveram certa distância quando despertaram. Eles ficaram vários minutos apenas se encarando. Então Chay tomou a iniciativa, mas sem se aproximar.
Chay: Você fala?
Ricky: Sim.
Chay: Que lugar é esse? Por que eu fui preso? Como saio daqui?
Ricky: Eu não sei de nada. Estou no mesmo barco que você.
Chay: Como assim? Eu estava em um jatinho, não?
Ricky: Foi só uma expressão.
Chay: Humm... Cadê a Dul, Lali, Amanda, Sophie... Jonatas...
Ricky: Não conheço essas pessoas.
Chay: Pô! Você também não sabe de nada!
Ricky: E você sabe por acaso? Eu também estou atrás de respostas! Não sei como cheguei aqui! Não sei como eles me pegaram!
Chay: Eles quem?
Ricky: A polícia!
Chay: Você é ladrão?
Ricky: Não. Eu queria sair do país, mas não tinha passaporte e essas burocracias aí! Então me escondi num jatinho e parece que ele deu um problema...
Chay: E deu! O piloto pulou fora e o jatinho começou a cair.
Ricky: Como você sabe?
Chay: Eu estava nesse jatinho. Meu nome é Chay.
Chay e Ricky finalmente se aproximaram e trocaram apertos de mão.
Ricky: Eu sou Ricky.
Chay: Você mora em TAL também?
Ricky: Infelizmente sim. Meus pais me obrigaram a ir estudar nessa cidade de nerds, mas eu não estava nem um pouco a fim.
Chay: E aí você decidiu fugir?
Ricky: Sim.
Chay: Saquei tudo! Por sua culpa nós fomos presos, é claro! A polícia deve ter desconfiado da gente e nos acusado de cúmplices da sua rebeldia.
Ricky: Mas só nós dois fomos presos?
Chay: As meninas devem que foram para uma cadeia de mulheres, né?
Ricky: Isso não parece nem um pouco com um presídio... Tá mais para masmorra.
Chay: Verdade! O que aconteceu então? 
Sem resposta, eles se calaram.
APÊ ETC & TAL
Faro desceu as escadas correndo ao ouvir o chamado da campainha.
Faro: Ninguém fica em casa para atender essa porta! Tudo sou eu!
Ao abrir a porta, Faro se assustou ao ver o estado de Amanda.
Faro: Amanda! O que aconteceu com você?
CONTINUA

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