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sábado, 3 de novembro de 2012

Jeito Rebelde 3: Capítulo 07


Eu Quero
CENA I
May fechou o notebook imediatamente.
(May) [assustada] Gas! Não esperava por você!
(Gas) Nós precisamos conversar.
(May) Con-Conversar?
(Gas) Sim. Começando por esse vídeo do Pablo.
(May) P-Pablo? De onde você tirou isso?
(Gas) Eu reconheci a voz dele. E me parece bastante fraco.
(May) Gas, você tá delirando!
(Gas) Então me mostra o que você estava assistindo.
May se levantou da cama.
(May) Não. Eu não tenho que provar nada para você. Se quiser acreditar em mim, acredita.
(Gas) Então vai ser difícil se for assim. Minha confiança em você está no zero!
(May) O que eu te fiz para que você ficasse assim?
(Gas) Assim como?
(May) Desconfiado de mim.
Gas empurrou May e pegou o notebook em cima da cama.
(Gas) Isso me deixou assim!
Ela tentou tomar o notebook dele.
(May) Me devolve!
(Gas) Por quê? Entre um casal não há segredos!
(May) As coisas não funcionam mais assim, Gas! Me devolve!
(Gas) Então me diz o que você sabe sobre o Pablo!
(May) Eu não sei nada! 
(Gas) Vamos ver!
Gas abriu o notebook e encontrou a pasta de vídeos do celular de Pablo.
(Gas) O que isso faz no seu computador, May?
(May) Não te interessa!
May foi em cima de Gas e pegou o notebook.
(May) Eu quero que você saia da minha casa!
(Gas) O quê?! 
(May) Eu acho que eu não sou tão confiante assim para você ficar aqui, né?!
(Gas) Tudo bem. Eu quero que você saiba que depois que eu cruzar essa porta, não tem mais volta, ok?!
(May) Ótimo!
(Gas) Eu não sei como eu me apaixonei por você.
Gas saiu e ela bateu a porta do quarto. Jogou o notebook na cama e começou a chorar.

CENA II
O dia começou a amanhecer quando Ash e Drake chegaram no Povoado de São Miguel.
(Drake) Que roça, hein?! Não tinha lugar melhor não?
(Ash) Não te obriguei a vim.
(Drake) Eu pensei que meninas como você tinham um gosto mais rebuscado.
(Ash) Não enche, pirralho! Dirige até a praça central.
(Drake) Eu não sei onde fica essa praça central! Aqui não tem nem placa!
(Ash) Olha a praça lá na frente, menino! É só seguir reto!
(Drake) Aquilo é uma praça? [rsrs]
(Ash) Deixa de ser debochado e vai logo!
(Drake) Ok, garota chata!
Assim que eles se aproximaram da praça, já avistaram Lua e Euge.
(Ash) Para, para, para! Olha elas ali!
Ash desceu do carro apressada e correu ao encontro das meninas.
(Euge) Ash!
(Ash) Euge!
Elas se abraçaram.
(Lua) Até que fim, hein?!
(Ash) Oi, Lua. Que lugarzinho vocês vieram, hein?!
(Euge) É uma longa história, Ash. A gente precisa sair daqui o mais rápido possível.
(Ash) Agora, agora não dá. O Drake precisa descansar um pouco. Ele dirigiu a noite inteira.
(Lua) Quem é Drake?
Drake se aproximou das garotas usando um óculos escuro.
(Drake) Drake sou eu, princesa!
Ele beijou a mão de Lua.
(Euge) Uau! [rsrs]
(Ash) Deixa de ser idiota, garoto! 
(Drake) Qual o seu nome?
(Lua) Lua.
(Drake) Tão lindo quanto uma lua de verdade!
Lua deu um sorriso tímido. Ele cumprimentou Euge.
(Drake) E o seu, gata?
(Euge) Maria Eugenia. Mas pode me chamar só de Euge.
(Drake) Linda!
(Ash) Fiquem espertas, garotas. Esse menino é um tarado!
(Lua) Ele é o seu motorista?
(Ash) Não, é o filho da mulher do meu pai.
(Lua) Vocês são irmãos então?
(Ash) Não! Nunca que eu vou ser irmã disso!
(Euge) Não fala assim. Eu achei ele muito fofo!
Drake piscou para Euge.
(Drake) E aí? O que tem de bom aqui na cidadezinha de vocês?
(Lua) Não, a gente não mora aqui. Estamos perdidas e só! Queremos ir embora urgente!
(Drake) Mas eu nem aproveitei o lugar...
(Euge) Não tem nada de bom aqui! Esse é o fim do mundo!
(Ash) Eu quero comer alguma coisa antes da gente ir. Tô com fome.
(Euge) Claro! Eu aproveito e te conto tudo o que aconteceu.

CENA III
O Sol já iluminava o céu quando Pablo despertou.
(Peter) Pablo! Pablo, sou eu, Peter! Não durma de novo!
Pablo se esforçou e conseguiu abrir os olhos.
(Pablo) Peter? Que lugar é esse?
(Peter) Não sei. Eu estou fugindo de uns homens aí.
(Pablo) E por que você tá sem roupa?
(Peter) Eles roubaram.
Um leve sorriso apareceu no rosto de Pablo.
(Peter) Do que você tá rindo?
(Pablo) Ah, vai saber o que esses 'homens' queriam, né! [rsrs]
(Peter) Sai fora, Pablo! Eles queriam roubar esse colar que eu estou usando.
(Pablo) E por que você não deixou? Um colar desse nem é caro!
(Peter) Mas é a única lembrança que eu tenho do meu pai. 
(Pablo) Humm...
Peter ajudou Pablo a se sentar.
(Peter) O que aconteceu com você? Como veio parar aqui?
(Pablo) Pra falar a verdade, eu também não sei direito.
(Peter) Como não sabe?
(Pablo) Bom, eu sei que a May me sequestrou e eu fugi.
(Peter) May?! É aquela da monitoria que namorava o Poncho?
(Pablo) Ela mesmo. Agora ela tá com o Gas, que é ex da Rochi, minha namorada.
(Peter) Que novela, hein?! E por que ela te sequestrou?
(Pablo) Isso é o que eu não sei. Nós quatro fomos acampar num clube de camping. O Gas saiu para buscar alguma coisa e demorou. Eu então fui atrás dele e lembro que levei uma pancada na cabeça e desmaiei. Quando acordei estava numa cabana velha.
(Peter) E você não sabe onde fica essa cabana?
(Pablo) Por essa mata aqui. Eu consegui abrir um buraco em uma parede que estava velha e fugi. 
(Peter) E como você sabe que foi a May que te sequestrou?
(Pablo) Ela ia na cabana sempre levar água para mim. Eu só não entendo o porquê de ela fazer isso.  A gente nem se conhece direito!
(Peter) É muito estranho mesmo. Você tem que denunciá-la.
(Pablo) É. E você? Como foi que chegou aqui?
(Peter) Ah, eu e a Euge embarcamos em um trem para fugir do Ucker. Mas nós não tínhamos bilhete e nem nada. Um guarda me levou e me colocou em um quartinho escuro. Depois que a viagem acabou, me levaram para um cômodo velho e me deixaram sem roupa e desamarrado lá.
(Pablo) O que você fez para esses homens?
(Peter) Nada. Eles descobriram que tinham feito um engano e decidiram me libertar.
(Pablo) E onde entra a parte do colar?
(Peter) Eu... Eu encontrei drogas no cômodo velho.
(Pablo) Poxa, Peter! Você não ia se cuidar?
(Peter) Eu vou, mas não é fácil! 
(Pablo) Você usou?
(Peter) Não resisti. Antes de eles me soltarem, eles queriam que eu pagasse pela droga. 
(Pablo) Só que você só tinha um colar, uma cueca e seu corpo, né?! [rsrs]
(Peter) Você tá muito engraçadinho, né?!
(Pablo) Foi mal. Não resisti.
(Peter) Eles queriam o colar, mas eu consegui fugir. No meio da correria eu tropecei em você.
(Pablo) É, eu estou bastante fraco. Preciso de água e comida.
(Peter) Eu também. Vamos dar uma sondada pelas redondezas. Quem sabe a gente não encontra alguma coisa!
(Pablo) Vamos! O que eu mais quero agora é voltar para casa.
(Peter) Eu também! Mas até a nossa casa tem um longo caminho, né?!
(Pablo) Eu já vou avisando que eu não sei como agir no meio de uma mata.
(Peter) Vamos dar um jeito.
Peter ajudou Pablo a ficar de pé.
(Peter) Firme?
(Pablo) Sim, só andar devagar.
(Peter) Claro.
(Pablo) Você vai assim mesmo? Só de cueca?
(Peter) Você quer que eu vá como? Não tenho roupa.
(Pablo) [rsrs]
(Peter) Vai te catar.
Peter acelerou o passo.
(Pablo) Espera, Peter! Parei! Não vou mais tocar nesse assunto!
(Peter) Eu espero!

CENA IV
Poncho e Annie se encontraram no restaurante do resort para tomarem café da manhã.
(Poncho) Que carinha de sono é essa?
(Annie) É que eu não dormi direito nessa noite.
(Poncho) O que aconteceu? Você não está se sentindo bem?
(Annie) Não, é que eu estive com a Demi e... Você já sabe.
(Poncho) Já sei o quê?
(Annie) Ah, o Arthur já deve ter te contado sobre o Dudu, né?!
(Poncho) Dudu? Então é sério mesmo?
(Annie) Poncho, as pessoas não brincam com isso.
(Poncho) Vai saber, né?!
(Annie) Como ele tá?
(Poncho) Não tá nada bem. Ele chegou no quarto ontem e se jogou na cama. Disse que a Demi veio para ir embora com ele.
(Annie) Ela só quer que o filho dela cresça perto do pai.
(Poncho) Acontece que o Arthur seguiu a vida dele, né?!
(Annie) E daí? É o filho dele! 
(Poncho) Não é bem assim, Annie. Ele precisa se resolver com a Lua primeiro, né?
(Annie) Vai ser um pouco difícil, mas já que ela acabou tudo, fica mais fácil para ele.
(Poncho) Verdade.
(Annie) E a gente, Poncho?
(Poncho) E a gente o quê?
(Annie) Meu sonho é ser mãe.
(Poncho) Hã?!
(Annie) É, oras! Eu quero ter um filho também! Um não, quero três!
(Poncho) Annie, vamos terminar de tomar café primeiro.
(Annie) Poncho, é sério! Por mim, já passou da hora!
(Poncho) Annie, nós acabamos de entrar na universidade! Filho agora não dá, né?! Nós nem nos casamos ainda!
(Annie) Já somos noivos! E universidade dá para fazer depois. Poncho, eu não quero perder tempo. A vida é curta demais.
Poncho não respondeu, apenas encarou Annie.

CENA V
Rochi abriu a porta do seu quarto e encontrou Gas.
(Gas) Olá!
(Rochi) Gas! Não esperava por você.
(Gas) Foi mal ter vindo sem avisar. Preciso conversar com você.
(Rochi) Aconteceu alguma coisa? O Pablo deu notícia?
(Gas) Posso entrar?
(Rochi) Claro!
Gas entrou e Rochi fechou a porta.
(Gas) Eu e a May não estamos mais juntos.
(Rochi) Putz! Como foi isso?
(Gas) Eu fui visitá-la e encontrei ela assistindo a um vídeo do Pablo.
(Rochi) Do Pablo?! Como assim? Que vídeo é esse?
(Gas) Eu também não sei. Quando eu cheguei ela dissimulou tudo.
(Rochi) Mas de onde ela tirou esse vídeo?
(Gas) Não sei, Rochi. Mas havia muitos numa pasta do notebook dela.
(Rochi) V-Você acha que eles têm alguma coisa?
(Gas) Talvez... Eu acho que a May sabe onde o Pablo está.
Rochi deu um suspiro e segurou as lágrimas.
(Rochi) E o que você pretende fazer? 
(Gas) Sei lá! A gente devia pressionar para ela soltar alguma informação.
(Rochi) Eu só quero entender o que há entre os dois! Eles não pareciam ter muita aproximação.
(Gas) Será que ela tem algo a ver com o sumiço dele?
Rochi não se controlou e as lágrimas começaram a rolar pelo seu rosto. Gas se aproximou dela.
(Gas) Não chora, Rochi. A gente não sabe de nada ainda.
(Rochi) Gas, se ela tiver mesmo a ver com o sumiço do Pablo, quer dizer que ele ainda está vivo. Eu não o perdi.
(Gas) Você achava que ele estava morto?
(Rochi) Ué, foi o que a May disse, não?
(Gas) Ela disse que viu uma reportagem, mas ainda não tinham identificado o corpo.
(Rochi) Tomara que ele esteja vivo!
Gas enxugou as lágrimas de Rochi.
(Gas) Vamos fazer um trato. Você não vai ficar por aí chorando e eu vou te ajudar a encontrar o Pablo, ok?!
Rochi concordou e abraçou Gas.
(Rochi) Obrigada! 
(Gas) Posso te pedir uma coisa?
Ela o encarou por alguns segundos.
(Rochi) P-Pode.
(Gas) Eu quero que você não perca a fé. Tudo vai dar certo.
Rochi o abraçou mais uma vez.

CENA VII
Arthur foi ao quarto de Demi.
(Arthur) Bom dia!
(Demi) Bom dia...
(Arthur) Como você está?
(Demi) Estou indo...
(Arthur) Humm... E o Eduardo?
(Demi) Ainda não acordou.
(Arthur) Demi, eu não quero que fique esse clima estranho entre nós.
(Demi) E o que você quer então? Você me rejeitou! Rejeitou a seu filho!
(Arthur) Não é bem assim! Acontece que você tá soltando bombas e mais bombas na minha mão!
Demi respirou fundo e se controlou para não chorar.
(Demi) Eu só te apresentei o nosso filho e disse que vim morar com você! Não tem nenhuma bomba aí! Eu só quero o melhor para o Eduardo, Arthur! Quero que ele cresça ao lado da mãe e do pai. Quero que possamos educá-los juntos, quero que ele me peça ajuda com o dever de casa, enquanto você o dá dicas de como conquistar uma garota, entende?! 
As lágrimas rolaram pelo seu rosto contra sua vontade.
(Demi) Eu quero que ele aprenda conosco a não se envolver com drogas, a não se envolver com falsos amigos. Quero que possamos estar ao lado dele quando arrumar a primeira namorada, quando sofrer a primeira desilusão amorosa.
Antes que Demi continuasse falando, Arthur a abraçou. Foi um abraço apertado e confortante para os dois.
(Arthur) Eu entendi, Demi. Eu sei o que você quer. E é isso que eu quero também. Vamos criar esse filho juntos.
(Demi) O que você quer dizer?
(Arthur) Que você pode ir comigo. 
Demi não conseguiu dizer mais nada. Ela abraçou Arthur mais forte.
(Arthur) Posso ver o Eduardo?
(Demi) Claro! Já passou da hora de ele acordar.
CENA VIII
Annie e Poncho caminhavam de mãos dadas em volta da piscina.
(Annie) Por que você está tão calado?
(Poncho) Eu tenho que falar o tempo todo?
(Annie) Nossa! Que grosseria!
(Poncho) Eu não fui grosso.
(Annie) Claro que foi! 
(Poncho) Annie, como você quer que eu te trate? Eu não vou fingir ser quem eu não sou.
(Annie) Eu não quero que você mude, só quero que me trate bem.
(Poncho) Ok! Desculpa! 
(Annie) Isso tem a ver com a nossa conversa mais cedo? Sobre ter filhos?
(Poncho) Eu não quero falar sobre isso.
O celular de Poncho tocou.
(Annie) Quem é?
(Poncho) May?!
(Annie) May?! O que ela quer com você?
(Poncho) Não sei. 
Poncho atendeu.
(Poncho) Oi, May.
(May) "P-Poncho. Tá tudo bem?"
(Poncho) Tudo ótimo! E com você?
(May) "Eu... Eu estou passando por uns problemas, mas tá tudo bem."
(Poncho) E como estão todos aí?
(May) "T-Tá tudo bem. Poncho, vou desligar. Só queria ouvir sua voz."
(Poncho) [rsrs] Ok... 
(May) "Tchau."
(Poncho) Tchau.
Poncho guardou o celular sem entender nada.
(Annie) E aí?
(Poncho) Estranho. Ela ligou só para ouvir minha voz.
(Annie) Como assim? Que oferecida! Por que você não avisou que a gente ia casar?
(Poncho) Calma, Annie. Eu não tenho nada com a May.
(Annie) Bom mesmo! Vamos visitar a Demi?
(Poncho) Eu não. Vai você.
(Annie) Ok! Nada de aprontar!
Annie deu um selinho em Poncho e se foi.
(Poncho) Eu não vou aprontar não. Mas a May parece que sim...
Continua

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